sexta-feira, 30 de maio de 2008

Todos os caminhos levam a Roma

Todos podem levar, certamente uns mais rápidos do que os outros. Logo cedo escutei pelo rádio (Rádio Cultura FM) uma entrevista com o André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da Secretaria Estadual da Cultura. Olhava pela janela e, enquanto via a garoa fina e o dia cinzento, cantarolava "Foggy Day" (It´s a foggy day, in London Town...Ella F. ou Sarah W.?).
Ao mesmo tempo, preparava a mala para a ida ao Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier.
Acabei saindo às 16,30 de SP e cheguei a São José dos Campos às 19,45. Quem me conhece não se espanta. Não tenho senso de direção, perco as placas que dão as indicações e com isso tudo perdi a saída para São José e acabei em Taubaté. Uma viagem de uma hora e quinze durou três. Mais um pouco, passava a noite em Rezende, na Fazenda do Castelo. Ou quem sabe, esticando até Vassouras para fazer uma visita à Casa da Hera e a sua dona, o fantasma da Eufrosina,o grande amor de Joaquim Nabuco, o belo Quincas.
Todos os caminhos, porém, levam a Roma. Menos o do meio, como já pregava o compositor Shostakovich.Embora não tenha pegado o do meio, todos comentaram que a estrada de S. José dos Campos para São Francisco Xavier é perigosa à noite. Será, mesmo?
De todo modo, é a antiga estrada de acesso a Campos do Jordão, deixada de lado, pelo que me lembro, desde o começo dos anos 80, quando a Carvalho Pinto foi inaugurada.
Tudo deu tão bem até agora, que eu creio que devo interpretar os sinais:considerando que hoje à noite estava programado apenas um show de abertura, é melhor deixar para amanhã cedo (não muito cedo por causa da névoa) e chegar para a abertura dos diálogos. O primeiro deles, Literatura e Cinema, com Suzaba Amaral, Moacyr Scliar e Marçal Aquino.
Perguntas: por que tanto nome de santo (S. José dos Campor, S. Francisco Xavier)? Por que passar por uma velha estrada trilhada inúmeras vezes, em minhas férias de juventude em Campos do Jordão?
É isso, a gente fica - como diria eu - maduro e acaba juntando um montão de histórias. Ça y est.

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