segunda-feira, 9 de junho de 2008

le smoking


Yves Saint Laurent, que faleceu há pouco, definia como elegante a mulher que usava uma saia preta, um sweater da mesma cor e tinha o homem amado a seu lado. É de suspirar.
Quando soube que era a ganhadora do Prêmio SESC Literatura, o que aconteceu no começo de fevereiro de 2005, depois de ficar tonta de alegria, a primeira questão que eu me fiz foi: e com que roupa eu vou receber o prêmio?

Proust escreveu que qualquer tristeza na vida de uma mulher passa quando ela compra um vestido novo. Durante décadas, vi isso com muita suspeita. No meu caso não era tristeza mas, sim, muita alegria. Comprei um smoking, o primeiro da minha vida. Se não alta costura, ficou próximo. Uma quase couture, como dizem nos Estados Unidos Foi daquelas peças cujo acabamento é feito no corpo da pessoa. Comprado na Viva Vida, no Iguatemi, loja muito chique que nem sei se existe ainda (a de Higienópolis fechou e a da Vila Madalena tem outra proposta). Não repetiria isso, hoje em dia. Porém, de qualquer jeito, tenho meu “le smoking”.

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